quarta-feira, 29 de maio de 2019

Opinião & Análise: a reforma previdenciária (INSS) proposta por Jair Bolsonaro só é contra o trabalhador que menos ganha!



Neste dia 28 de maio de 2019, o senador Kajuru se pronunciou no Senado Federal, dentro de uma linha combativa, tanto em relação às mordomias do legislativo, como também, e principalmente, do judiciário brasileiro (quem não se recorda da licitação do STF destinada a comprar medalhões de lagosta e também de dois tipos de vinhos premiados pelo menos quatros vezes internacionalmente, e que se destinariam às fanfarrices dos magistrados daquela corte, às expensas do dinheiro público ?).

Causa espécie ver que o referido senador deixou entrever, por palavras propaladas em alto e bom som, que a tal reforma da previdência social tem um único objetivo: assolar ainda mais a classe trabalhadora, mormente os menos afortunados; diga-se de passagem, que o presidente da comissão especial da Reforma da Previdência, o deputado Marcelo Ramos (PR-AM), admitiu nesta sexta (10/5/2019) que a Reforma da Previdência visa fazer um ajuste fiscal, e não combater privilégios como apregoa o governo Bolsonaro (PSL). Escreveu esmaelmorais em seu Blog.; assim, a reforma não seria previdenciária, mas fiscal, sem, contudo, atingir os mais abastados.

O governo Bolsonaro lançou uma campanha agressiva nas televisões abertas, pois tem por objeto exatamente jogar o “povão” contra aqueles que discordam do seu intento nefasto, qual seja: penalizar os mais pobres e favorecer os grandes empresários, notadamente os empresários que administram previdência privada.

É mentirosa a afirmativa de que a nova previdência será igual para todos; o senador Kajuru deixa isso bem claro; porém não há muitos políticos com essa coragem de denunciar as mentiras proferidas pelo Presidente da República Jair Bolsonaro e por seus “capangas”; a nova previdência mantém privilégios de políticos e de outros mega-nichos de servidores do estado, porém aqueles que ganham de um (1) até mais ou menos dez (10) salários mínimos serão mortalmente feridos nos seus direitos,  pois conforme o discurso do senador Kajuru, a “casta” de mega-servidores públicos não será afetada, e nesta casta estão todos (quase sem exceção) os políticos, bem como os membros do judiciário, incluindo os dos Ministérios Públicos e dos Tribunais de Contas.

Aqueles que vêm sistematicamente defendendo a tal reforma previdenciária, sequer abrem mão da aposentadoria especial (leia-se: Rodrigo Maia e Onyx Lorenzoni) a título de exemplificar, pois esses dois parlamentares não abriram mão do Plano de Seguridade Social dos Congressistas - PSSC, que lhes possibilita um benefício da ordem de r$ 33,6 mil reais.

A aposentadoria deles fica muito acima do teto da regra geral (RGPS, artigo 201 da CF/1988); noutras palavras, a classe política propõe descaradamente uma reforma que só atinge os mais pobres e principalmente os miseráveis, pois num país em que uma família é forçada a sobreviver com um salário de r$ 998,00 reais brutos, por mês, e que com o qual deve bancar moradia, alimentação, educação, transporte e lazer, para essa família, a classificação não pode ser outra a não ser de miserável; e sabe-se que cada família conta, normalmente, com até cinco membros.

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