quarta-feira, 22 de março de 2017

Tem pra todo gosto...

Ministério de notáveis do governo Temer

Tão logo foi dada como favas contadas a posse de Temer como Presidente da República do Brasil, depois do perdimento da titularidade da presidência por parte da Dilma, foi alardeado em todos os meios de comunicação que ele montaria um ministério de notáveis.
Os problemas, contudo, apareceram já nas primeiras movimentações nessa direção. Segundo afirmou o blog do Mario Magalhães, quando listou quem seriam esses notáveis e as falcatruas a eles atribuídas em suas respectivas vidas públicas. O Blogger informa que para "jornalistas entusiastas do impeachment de Dilma Rousseff, Temer afirmou que montaria o dito ''Ministério de notáveis.''"
O Presidente Temer, todavia, teve problema com seus notáveis mais íntimos a principiar pelos ilustres Eliseu Padilha da Casa civil e Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo.
Em 22/3/17 o portal O globo traz um artigo em que afirma que da trupe de Temer nove ministros podem ser investigados, pois constam da lista de pedido de abertura de inquérito do PGR, Rodrigo Janot, encaminhada ao STF.
Dentre os citados encontram-se o da Agricultura, Senador Blairo Maggi-PP/MT; o da Casa Civil, Eliseu Padilha-PMDB/RS, o da Secretaria-Geral, Moreira Franco-PMDB/RJ, o das Relações Exteriores, Aloysio Nunes-PSDB/SP, o das Cidades, Bruno Araújo-PSDB/DF, o da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, etc. ..., mesmo aquele que até o momento se mantinha intocado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin-PSDB/SP, não saiu ileso, segundo o portal ele figura entre os chefes de executivo que o PGR quer investigar.

O foco agora é o DF...

No  Distrito Federal não é diferente, desta feita, os distritais Celina Leão-PPS/DF, Raimundo Ribeiro-PSDB/DF, Júlio César-PRB/DF, Bispo Renato-PR/DF  e Cristiano Araújo-PSD/DF estão despertando as atenções do Ministério Público, para quem os parlamentares locais são corruptos, de acordo com o blog do Edson Sombra.



sexta-feira, 17 de março de 2017

Aeroportos: privatização ou liquiDOAÇÃO ?

A  exemplo do que acontecera  com  o setor de telecomunicações brasileiro,  em 1998,  sob a liderança  do então Presidente Fernando Henrique Cardoso, com as bênçãos da maior coalizão jamais vista na história moderna do Brasil - PSDB, PFL, PTB, PPB, PMDB, também agora os brasileiros observam perplexos muitos movimentos do governo Temer com vistas a promover reformas, que certamente tirarão direitos de uma massa gigantesca de trabalhadores.
Que há a necessidade de se reformular boa parte das leis vigentes, não se discute, mas se deve discutir o modo como ela vem sendo patrocinada, a principiar pelas mudanças propostas no setor da previdência social, da área trabalhista e do  programa de privatizações, enfim.
Mas isso não é novidade no País, de tempos em tempos aparece um gênio com ideias salvadoras da pátria e elege determinado setor da economia ou certo ramo de responsabilidade do Estado, como sendo o vilão a ser combatido.
A característica marca dessa coalizão que governou o Brasil na década de 1990 e que o faz na atualidade está em voga no presente momento; ela elegeu como prioridade o exorbitante déficit da Previdência Social, a promoção do Estado Mínimo por intermédio das privatizações mesmo em detrimento do Estado do Bem Estar Social, bem como as despesas para a manutenção da máquina estatal.
Assim também fora no passado quando se elegeu os gastos demasiados do antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) e o chamado excesso de servidor público bem remunerado (naquela época surgiu até um certo caçador de marajás).
Em 1998, depois dos problemas ocorridos no setor de eletricidade, o Sistema Telebrás foi privatizado, envolto numa nuvem de desconfianças e de denúncias de favorecimento ilícito.
O portal G1 de 16/3/2017 publicou em letras garrafais que o Governo arrecadou R$ 3,72 bilhões com o leilão dos aeroportos de Fortaleza (CE), Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), e em letras bem menores disse que os lances mínimos para a privatização desses aeroportos eram de apenas 25% do valor da outorga.
Salta aos olhos uma cifra tão expressiva, principalmente quando no mesmo artigo foi dito que os estrangeiros pagaram pelo arremate desses aeroportos um ágio a partir de 94%.
Do mesmo modo também a Folha registrou um sobrepreço astronômico sobre o lance mínimo pretendido pelo governo, aquele veículo informa quais foram os campeões de ágio: os aeroportos de Salvado/BA (113%) e de Porto Alegre/RS (852%).
A forma como o governo e os veículos de comunicação vêm e divulgam o negócio é extremamente satisfatória, contudo ninguém em  sã consciência pode crer que os  estrangeiros vieram aqui comprar essas concessões, pagando ágios exorbitantes, pois ninguém joga dinheiro fora. Pagar sobrepreço tão alto para prestar serviço num país em  descrédito no cenário internacional, ninguém o faz.
Ao leigo mais alienado que possa existir, não há outra conclusão a que chegar..., assim como fizeram com tantas outras privatizações, também agora essa coalizão está dilapidando o patrimônio  público. O que houve, na verdade, não foi  pagamento de sobrepreço, mas uma MAXIDESVALORIZAÇÃO dos nossos aeroportos.