sábado, 21 de janeiro de 2017

A democracia é ótima, desde que atenda aos meus anseios!

Não é diferente em qualquer outra parte do Globo.  Desde que o magnata estadunidense, Donald Trump, venceu as eleições presenciais dos Estados Unidos da América, contra tudo e contra todos, inclusive contra o seu próprio partido político (Republicano), em 2016, que os seus opositores e perdedores inconformados pela derrota constatada na crueza das urnas, se aglomeraram pelas ruas dos vilarejos e das pequenas cidades, como também das grandes metrópoles a protestarem contra o veredito eleitoral.
Em 20/1/2017, dia da posse do 45º Presidente dos Estados Unidos da América, a imprensa televisiva mundial, inclusive a brasileira, registrou e transmitiu ao vivo, a população contrária à eleição do multimilionário Trump à Presidência da República da maior potência econômica e militar global saindo às ruas da capital Washington, EUA, depois da cerimônia de posse, para protestar violentamente contra o novo Presidente dos EUA.
Se acaso esse tipo de manifestação ocorresse no Brasil, seríamos todos tachados, instantaneamente de "tupiniquins", de vândalos que agem de maneira tipicamente de países subdesenvolvidos, de petistas, de partidão, de vermelhos, dentre outros adjetivos preconceituosos.
Assim é que foram classificados os brasileiros que protestaram contra a aprovação da PEC do teto. Não que se admita qualquer tipo de manifestação violenta, mas tão somente um reconhecimento de que é necessário fazer-se o registro em que se procura fazer justiça aos exaustos e combativos brasileiros que em dado momento, extenuados pela majestosa toga da injustiça, se exacerbaram como um o último refúgio da trincheira.
Muitos ainda se negam a admitir, porém existe uma onda crescente de aparecimento de ícones populistas que se beneficiam da inércia dos políticos poderosos de ocasião e que se apresentam para todos os níveis do Executivo e do Legislativo (municipal, estadual, distrital e federal) como sendo a solução para todos os problemas; as Américas estão repletas de maus exemplos desses inescrupulosos seres; no Brasil, não é diferente, mais recentemente, temos a figura do prefeito eleito da capital Paulista, em 2016, João Dória/PSDB, e que se declara não político, dá para acreditar que ele não seja político? ... E agora, na dita maior democracia da Terra, com o que se sucede ao novo Presidente dos EUA não é diferente; ele é populista, nacionalista, isolacionista e muito mais..., alguém ainda tem alguma dúvida?
Diante dessa dissertação, eu me atrevo a indagar. Será que democracia é só aquela cujo resultado das urnas venham ao encontra das minhas aspirações? Caso os meus anseios sejam contrariados (mesmo que diante do desejo da maioria que votou e elegeu esse ou aquele) eu tenho o direito de depredar ou simplesmente solicitar uma auditoria das urnas, com vistas a desclassificar os resultados adversos, tal como procedeu o PSDB de Aécio Neves em 2014, e que também é investigado pela lava-jato? E, até mesmo patrocinar uma cassação presidencial, conforme argumentaram: pelo conjunto-da-obra do Presidente/Presidenta da República e dos seus ministros de Estado e de seus Secretários e/ou subordinados/colaboradores do Presidente (a) da República?
No ano de 2016, nas eleições municipais, os partidos políticos PSDB, DEM, PMDB e puxadinhos não recorreram à justiça eleitoral contra o resultado das urnas, pois saíram majoritariamente vencedores. As mesmas urnas eletrônicas agora são infalíveis? Por quê? Talvez porque elegeram a maioria dos chefes de executivo desses partidos..., ou sabe-se lá. Caro eleitor/leitor, o que mudou? Foram somente os vencedores? Até quando, eleitor, aceitaremos esse tipo de comportamento? E, mais, até quando durará a lua de mel PSDB/DEM/Michel Temer-PMDB, a grande prostituta? Haverá prazo de validade da tal lua de mel? E, se houver, será 2017, ano pré-eleitoral com vistas às eleições majoritárias de 2018?