OS BONS VENTOS DA MUDANÇA
Joe Biden, o novo Presidente Estadunidense - Mike Segar -
Reuters - 11.12.2020
Neste dia 13 de dezembro de 2020, um ano extremamente conturbado no cenário político brasileiro e também internacional, o colégio eleitoral estadunidense declarou que Belém é o novo presidente dos EUA.
Esta onda de extrema-direita parece que está perdendo força por todo o globo onde houve eleições democráticas; nesses lugares, as pessoas de bem decidiram pela normalidade e por expurgar seus países de ideologias extremistas, como são os casos de Argentina, Bolívia e Estados Unidos; ao que parece o próximo será o Brasil e já há um indício forte, todos os candidatos a prefeitos de capital bolsonaristas em 2020 perderam de goleada.
Retomando a questão eleitoral americana, não há nada fora do normal, o que seria estranho, é que a tal declaração fosse contrária; em que pese os EUA se considerarem a maior democracia mundial, na prática não é isso que se constata a cada pleito presidencial; não raro a Suprema Corte daquele País, depois de muitas batalhas judiciais, é que tem a palavra final e estabelece quem será o novo presidente, independentemente do desejo/voto popular.
O sistema eleitoral estadunidense é confuso para os padrões da nossa cultura política; às vezes, mesmo que determinado candidato obtenha mais voto popular (no caso Hillare Clinton) a Suprema Corte daquele país declarou eleito o atual presidente norte-americano Donald Trump, de extrema-direita do Norte.
Para quem torceu contra Donald Trump, não significa que o Brasil terá dias mais calmos, nem interna, nem externamente; Biden não é flor que se cheire, ele é do mesmo partido de Barack Obama, aquele mesmo que grampeou autoridades brasileiras durante o governo Dilma Russef; mas pode ser ainda pior, Biden já declarou que no caso de Bolsonaro não mudar suas atitudes em relação ao meio ambiente e outros temas sensíveis, o Brasil arcará com sérias consequências, inclusive com sanções econômicas, patrocinadas pelos EUA e o mercado comum europeu, onde o Brasil extremista de Bolsonaro é um pária.
Diante do cenário catastrófico que até então se desenha para a família Bolsonaro, qual foi a grande sacado do nosso presidente? Primeiro designou Michel Temer para representar o Brasil no Líbano quando houve uma grande explosão num porto e que ceifou muitas vidas. Agora, e segundo passo, Bolsonaro cogita ter o Temer como um ministro qualquer de seu governo.
E isso é um plano muito bem elaborado (coisa rara num governo de acéfalos), afinal Temer sempre teve um bom relacionamento com Biden, quando aquele era vice-presidente de Obama e isso significa abrir uma porta de negociação com o futuro novo governo norte-americano, posto que Bolsonaro até a presente data não teve a hombridade de reconhecer a vitória nas urnas do futuro presidente dos EUA. Bolsonaro preferiu ficar babando ovo do Trump até mesmo, quando países como a Inglaterra, Espanha, Itália, França, Israel, Rússia e até a China prestaram as devidas congratulações a Biden.
*As Imagens por ventura aqui exibidas e não identificadas são de origem da Internet/redes sociais
Raimundo Santos tem licenciatura plena em Letras (Português e Literaturas Brasileira e Portuguesa); é Especialista em Direito Legislativo pela UNILEGIS em parceria com a UnB/UFMS, e é Especialista em Políticas Públicas e Socioeducação pela Universidade de Brasília em parceria com a Escola Nacional de Socioeducação/SDH-Presidência da República.
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