Em que pese o Presidente da CCJ ter convocado uma Sessão extraordinária para a última segunda-feira (11/7/2016) a fim de votarem o Relatório do deputado Ronaldo Fonseca/PROS-DF, que, pelo menos em parte, foi favorável ao deputado Eduardo Cunha/PMDB-RJ, a sessão não se realizou.
Ronaldo Fonseca/PROS-DF
Eduardo Cunha/PMDB-RJ
O Presidente Osmar Serraglio/PMDB-PR deu pra trás e remarcou a sessão, ainda no decorrer do fim-de-semana, para terça-feira (12/7/2016); com isso Cunha vem demonstrando que ainda tem fôlego e que ao lado da sua tropa de choque busca empurrar para o mês de agosto o julgamento do seu processo de cassação.
Osmar Serraglio/PMDB-PR
Ainda no princípio da sessão, neste dia 12/7, o deputado federal Ivan Valente/PSOL-SP questionou o presidente da CCJ a respeito do cancelamento da reunião marcada para o dia anterior; Osmar Serraglio disse que a sessão teria sido cancelada em função da agenda da Mesa da Casa, pois segundo ele, não mais haveria o esforço concentrado e por isso não haveria quórum.
Ivan Valente/PSOL-SP
Valente rebateu o argumento e lembrou que a votação da autorização de impeachment da Presidenta Dilma ocorreu num domingo (17/4/2016) e que a presença registrada foi maior que quinhentos parlamentares, logo não justificaria o cancelamento da sessão na CCJ; para ele, trata-se de mais uma ação de protelamento de Cunha e de seus seguidores. Outros parlamentares aderiram à manifestação de Ivan Valente.
A exemplo do que vinha ocorrendo ainda no Conselho de Ética, e também quando houve a leitura do Relatório do deputado Ronaldo Fonseca, o deputado federal Carlos Marun/PMDB-MS pediu vistas do aditamento ao Relatório lido no Plenário da Comissão; fato que acendeu uma reação imediata dos parlamentares contrários a Cunha e assim o Presidente da CCJ indeferiu o pedido de Marun. O pedido de vistas não deu certo, contudo, Osmar Serraglio teve de encerrar a sessão em virtude de força regimental, visto que a Ordem do Dia estava prestes a ter início por volta das 19h20, ficando convocada uma nova reunião da Comissão, para esta quarta-feira, 13/7/2106, às 9h30.
Carlos Marun/ PMDB-MS
O eleitor, mais do que nunca, deve ficar atento ao que dizem os políticos e mais atento ainda ao que eles fazem.
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