Ele (Jair Bolsonaro) havia apoiado o movimento dos caminhoneiros em prol de um combustível mais acessível, (o que seria louvável, caso não estivesse atuando politicamente para ganhar apoio e vencer as eleições presidenciais de 2018), porém ao assumir a PR do Brasil, não atuou assim, a ponto de hoje existir nas redes sociais o grupo dos “Bolsomínios arrependidos” . Na verdade, Bolsonaro não governa, é escravo de Olavo de Carvalho - um terraplanista - e de seu filho Carlucho, um desmiolado; o Presidente Bolsonaro segue os rompantes de seu filho vereador, e mais, e principalmente, a família ditatorial brasileira obedece cegamente a um astrólogo, i.é.: Olavo de Carvalho, que vive nos Estados Unidos da América, e de onde constantemente semeia discórdia entre os aliados do Presidente Jair Bolsonaro. Quem tem um guru assim, não precisa de oposição!
Deve-se recordar que Jair Bolsonaro sempre se considerou um inimigo da Rede globo de televisão, e ainda mais a partir do momento em que aquela televisão o rechaçou veementemente nas suas decisões; com isso, Bolsonaro considerou que não seria interessante ter a Globo como adversária (ou inimiga como certa vez declarara a um interlocutor político próximo) e assim a convidou/convocou, devido às circunstâncias que seriam favoráveis a ambos, para uma reunião no Palácio do Planalto, sem a presença da imprensa (nem mesmo global), reunião em que nem uma das partes se manifestou a respeito de quais assuntos foram tratados. Isso não parece ser uma reunião republicana.
Fato coprovado é que a partir de então, o jornalismo global passou a ser muito menos ácido em relação ao governo bolsonarista, a ponto de o jornalista Merval (canal fechado da globo) praticamente absolver todos dos delitos do atual governo. A rede de televisão, a quem Bolsonaro declarara guerra e de quem cortara as verbas publicitárias governamentais em favor dos seus novos “amigos”, i.é., Sistema Brasileiro de Televisão -SBT, Rede TV e Rede Record, até já está veiculando propagandas ditas institucionais do governo federal.
Com o desastre desse governo tanto no campo social, quanto noutras áreas importantes para a vida dos brasileiros, e notadamente no ramo das ciências, Bolsonaro encampou uma política de desvalorização do setor educacional, promovendo cortes lineares nos orçamentos das Universidades Federais, que somaram a importância de 30%, prejudicando e até inviabilizando várias pesquisas em andamento. Com isso, a comunidade acadêmica reagiu e deflagrou um protesto gigante no dia 15 de maio; essa manifestação popular alcançou todas as capitais brasileiras e cerca de 330 cidades, e Bolsonaro se sentindo contrariado declarou, (na terra da “Grande Águia”) para quem ele se humilha constantemente, que aqueles manifestantes seriam “Idiotas Úteis”.
Em reação ao protesto democrático, os bolsomínios se utilizando dos seus robores inclusive virtuais e convocaram um protesto de desagravo, que segundo Ricardo Kotscho se traduz nisso: “Bolsonaro resolveu medir forças com o Brasil civilizado, que defende a Educação e a democracia, e perdeu de goleada.”.
Fato é que os movimentos sociais já estão indo às ruas espontaneamente, em que pesem as ameaças de represálias do governo Bolsonaro contra aqueles que participem dessas manifestações; em 30 de maio cerca de dois milhões de descontentes foram às ruas, de onde saiu uma convocação para realizar uma paralisação em 14 de junho, greve geral, essa, que teve pouca cobertura do jornalismo global.
Análise: Do que não é capaz uma reunião a portas fechadas? E, pelo visto, as massas não podem, a partir de então, contar com a emissora da família Roberto Marinho, sequer para divulgação desses manifestos. Ao que parece está tudo dominado. Uma Lástima!.
Raimundo Santos tem licenciatura plena em Letras (Português e Literaturas Brasileira e Portuguesa); é Especialista em Direito Legislativo pela UNILEGIS em parceria com a UnB/UFMS, e é Especialista em Políticas Públicas e Socioeducação pela Universidade de Brasília em parceria com a Escola Nacional de Socioeducação/SDH-Presidência da República.
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