Desde a apuração do resultado das eleições gerais de 2014, o brasileiro viu intensificar-se, encabeçada por políticos, certos grupos e setores organizados da sociedade nacional, uma campanha salutar de combate à corrupção.
Em primeiro lugar, poucos dias depois de proclamado quem havia sido eleito, segundo informou o portal Yahoo, o PSDB, encabeçado pelo seu candidato derrotado à Presidência da República naquele ano, Aécio Neves, protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedido de auditoria especial para verificar o resultado das eleições presidenciais, pois eles desconfiavam de que poderia ter havido alguma manipulação.
Assim as multidões coloriram as ruas; ocuparam todos os pontos cardeais do país em repúdio às muitas denúncias de corrupção, desvio de verbas públicas, pagamentos de propina, obras superfaturadas, tráfico de influência e tantas outras mazelas que assolaram a já combalida nação brasileira.
Instalaram uma CPI para averiguar crimes de responsabilidade que possivelmente teriam sido cometidos pela então Presidenta da República, Dilma Rousseff; aprovado o relatório da comissão especial e autorizada pela Câmara dos Deputados a abertura de processo contra a Presidenta, ela foi processada e posteriormente cassada pelo Plenário Senado Federal, em 31 de agosto de 2016.
Estabelecido o novo governo, o problema da corrupção e do tráfico de influência, contudo, não estancou; de outra forma, expulsaram os corruptos dos governos anteriores e promoveram o estabelecimento dos corruptos da atual gestão, haja vista que o atual ex-ministro da cultura, Marcelo Calero, se demitiu em caráter definitivo por não aceitar o assédio dos Ministros Geddel Vieira Lima (Foto), da Secretaria de Governo, amigo particular do Presidente Michel Temer, e Eliseu Padilha (Foto), ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, que pleiteavam a atuação do então ministro Calero em desfavor do IPHAN nacional, de modo que liberasse a construção do edifício La Vue Ladeira da Barra, empreendimento em que Geddel é proprietário de um apartamento estimado em r$ 2.600.000,00, num dos andares mais altos.
O que se percebe claramente é que a velha prática de tratar a coisa pública como se fosse propriedade particular não mudou, basta sentar-se na cadeira do poder, para, de modo escancarado, advogar em causa própria, e, para isso, vale inclusive pressionar colega ministro (Geddel e Padilha vs Calero) ou ministro subordinado (Temer vs Calero).
Geddel inclusive já é velho conhecido da imprensa como sendo um personagem bastante controverso e pouco confiável, portal G1, em sua edição de 25 de novembro de 2016, traz um artigo sobre ele intitulado A trajetória política de Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Temer, nesse artigo o ex-ministro é apontado como suspeito de ter agido em favor da empreiteira OAS e que em 1993 teria sido envolvido no caso Anões do Orçamento.
Também o portal nossapolitica.net, de 20 de novembro de 2016, informa que Geddel estava envolvido no episódio conhecido em 1993 como anões do orçamento juntamente com seu padrinho político João Alves, deputado baiano do PFL (DEM), um dos mentores da trama de corrupção daquela época e que justificou sua fortuna dizendo que havia ganhado 156 vezes na loteria, apenas naquele ano.
Já os movimentos populares que tanto clamaram por uma país livre de corrupção esmaeceram; seu papel, ao que parece, foi desempenhado com maestria, conseguiram substituir os desonestos de outrora pelos atuais.
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