Desde que BOLSONARO se lançou candidato à Presidência da República, se dizendo um político novo, diferente, que governaria sem ideologia, o Brasil mergulhou num abismo; mesmo antes do início oficial da campanha eleitoral, Bolsonaro pregou e incentivou a violência (o que por si só é ideológico) como forma de resolver os problemas sociais e econômicos nacionais.
BOLSONARO, aliado à república de Curitiba (DALLAGNOL e Sérgio MORO) conseguiu demolir a grande barreira (LULA), que pra ele seria intransponível no pleito eleitoral de 2018, esse foi um segundo golpe na democracia, já que o primeiro, todo mundo se lembra, foi perpetrado contra a Dilma em 2016, capitaneado por todos os setores de centro e de ultra-direita, apoiados na grande mídia, em grande parte eleitores tacanhos, em pobres metidos a ricos, enfim, nos banqueiros e nos empresários retrógrados do Brasil.
Depois forjaram a “facadafake”, que a estrema-direita utilizaria como mote para acirrar as disputas políticas, que passaram a ser pessoais; intrigas que dividiram famílias, suscitaram brigas e desavenças, entre vizinhos e até entre colegas de trabalho; então vieram as acusações levianas de que o Adélio (o autor da pseudofacada) seria filiado ao PT, e que em razão disso teria atentado contra Bolsonaro; desmentida a versão, passaram a dizer que mesmo não sendo o Adélio petista teria agido em nome do partido, e assim, as diferenças foram sendo cada vez mais agravadas.
O ápice dessa loucura ocorreu em 14 de março de 2018, quando a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista, Ânderson Gomes foram barbaramente assassinados; as investigações apontam o ex-policial militar Élcio Queiroz como um dos envolvidos no duplo homicício e o ex-policial Ronnie Lessa como autor dos disparos fatais; a polícia continua numa ciranda sem que até a atualidade tenha apontado o autor intelectual do crime.
A campanha eleitoral impulsionada por robôs e fakenews seguiu deixando após si um rastro de desavenças, acusações e contraacusações mútuas, rachando o Brasil, de um lato todos contra o PT e os demais partidos de esquerda, que passaram a ser chamados, todos indistintamente de comunistas ou de petralhas, tanto um como o outro epíteto, servia para todos os adversários; dessa forma, em 6 de setembro de 2018, Bolsonaro teria sofrido uma facada, que segundo noticiado quase ceifou-lhe a vida; para muitos uma pseudofacada, para outros um atentado cruel.
Fato é que Bolsonaro se tornou presidente, com uma pauta de violência e de terror, violência que espalha a insegurança e a paranóia a ponto de em 16 novembro de 2019, um caminhante ter abatido uma moradora de rua com dois disparos à queima-roupa, alegando ter-se sentido ameaçado; e passados dez meses de governo, Bolsonaro ainda não desceu do palanque e continua fazendo acusações infundadas, contra os eternos adversários; a violência também chegou às Igrejas, e desta feita, um grupo conservador tenta impedir missa afro (em comemoração ao dia da consciência negra, 20 novembro de 2019) em igreja católica na Zona Sul do Rio. Lamentavelmente, esse não foi um ato isolado, haja vista que o deputado Coronel Tadeu do PSL-SP quebrou uma charge exposta, no interior da Câmara dos Deputados, num evento alusivo ao dia da consciência negra.
Ricardo Kotscho, em 18 de novembro de 2019, retrata bem essa loucura em um artigo intitulado o “Hospício Brasil: "a marcha das loucas" diante da estátua da Havan”, numa referência ao ato bizarro promovido por eleitores bolsonaristas, que perderam completamente o senso do ridículo. Em artigo semelhante, o jornalista Florestan Fernandes jr retrata o acontecimento como sendo “O Bloco do sanatório-geral”, enquanto que este canal prefere se referir ao episódio dantesco de eleitores bolsonaristas batendo continência para uma estátua, como sendo um rebanho de vacas-loucas, pois ninguém que seja patriota se baixaria tanto, a ponto de se humilhar diante de um símbolo estrangeiro; esse gado pode ser tudo, menos patriotas brasileiros.
Referências
https://exame.abril.com.br/brasil/bolsonaro-e-citado-em-investigacao-sobre-morte-de-marielle-franco/
Bolsonaro é citado em investigação sobre morte de Marielle Franco
Assassinato de Marielle Franco: 14 de março de 2018.
https://veja.abril.com.br/politica/facada-bolsonaro-um-ano/
6 de setembro de 2018: um dia para entrar na história.
Atentado a Bolsonaro: 6 de setembro de 2018.
https://catracalivre.com.br/colunas/dimenstein/dimenstein-carta-da-prisao-mostra-farsa-da-facada-de-bolsonaro/
Dimenstein: carta da prisão mostra farsa da facada de Bolsonaro.
https://br.yahoo.com/noticias/moradora-rua-%C3%A9-morta-em-115954468.html
Moradora de rua é morta (16 novembro 2019) em Niterói (RJ) ao pedir R$ 1 a pedestre.
https://extra.globo.com/noticias/rio/grupo-conservador-tenta-impedir-missa-afro-em-igreja-catolica-na-zona-sul-do-rio-24091011.html
Grupo conservador tenta impedir missa afro (em comemoração ao dia da consciência negra, 20 novembro de 2019) em igreja católica na Zona Sul do Rio.
https://www.brasil247.com/blog/hospicio-brasil-a-marcha-das-loucas-diante-da-estatua-da-havan
Hospício Brasil: "a marcha das loucas" diante da estátua da Havan.
https://www.brasil247.com/blog/o-bloco-do-sanatorio-geral
O Bloco do sanatório-geral.
https://revistaforum.com.br/politica/deputado-do-psl-vandaliza-exposicao-sobre-o-mes-da-consciencia-negra/
Deputado do PSL vandaliza exposição sobre o Mês da Consciência Negra na Câmara.
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